2021 será o ano de viagens com mais significado, diz pesquisa do Airbnb
Viagens com um significado mais pessoal, que levem de volta às raízes, para se reconectar e criar memórias com família e amigos. Quando o turismo voltar a ganhar força pós-pandemia, essa deverá ser a preferência dos viajantes.
Segundo pesquisa do Airbnb nos Estados Unidos, o desejo de reencontrar pessoas queridas e viajar são os principais motivos para se vacinar. Os entrevistados afirmam que a prioridade para viagens no curto prazo é passar tempo com a família e amigos em ambientes confortáveis, aconchegantes e seguros.
Para Brian Chesky, cofundador e CEO do Airbnb, “assim que as pessoas se sentirem seguras para viajar, elas o farão. Mas será diferente de antes da pandemia. Viajar será visto como um antídoto para o isolamento e a desconexão. As pessoas geralmente não perdem pontos turísticos, filas e ônibus lotados de turistas. Mas a viagem em massa é, na verdade, apenas uma forma diferente de isolamento — você permanece anônimo, cercado por outros viajantes, nunca realmente vivenciando a cultura de uma comunidade. O que as pessoas querem das viagens agora é aquilo de que foram privadas — passar um tempo com significado com família e amigos.”
As principais tendências observadas na pesquisa são:
Sentimento de solidão
- 53% dos entrevistados se sentem menos conectados com seus parentes, 53% se sentem menos conectados com seus amigos, 56% se sentem menos conectados com a comunidade local.
- 24% das pessoas relatam sentir solidão ou vazio.
Desejo de viajar
- Viajar por prazer é a atividade fora de casa da qual os entrevistados mais sentem falta — mais do que ir a restaurantes e bares, assistir a eventos esportivos e shows.
- Os viajantes estão prontos para suas próximas aventuras: 54% já fizeram reservas, estão planejando viajar ou esperam viajar em 2021. Isso inclui 57% dos jovens de 18 a 29 anos e 60% dos adultos de 30 a 49 anos.
As pessoas querem se reconectar
- O tipo de viagem que mais faz falta aos entrevistados é visitar lugares com família e amigos. As viagens corporativas são as que menos fazem falta.
- Viajar para se conectar com a família e amigos também cresceu em importância à medida que as pessoas se planejam para o pós-pandemia: 41% dizem que esse tipo viagem se tornou “muito mais” importante para elas, quase o dobro do percentual dos que mencionam viagens para alcançar metas pessoais (22%).
- A possibilidade de se reconectar com amigos e familiares (37%) e de se sentir seguro durante a viagem (32%) são as principais motivações para se vacinar.
A primeira viagem pós-pandemia
- Um atributo específico da primeira viagem pós-pandemia é que as pessoas buscam tranquilidade e segurança. As principais sensações que desejam ter na primeira viagem são “relaxamento” (44%), “conforto” (34%) e “segurança” (33%).
- Olhando para além da primeira viagem, os entrevistados priorizam sair de casa para estar perto da família (32%), mas também desejam uma nova experiência ou destino (31%), de preferência perto de casa. Em seguida, aparece a vontade de retornar a um destino preferido (25%).
- Pessoas mais velhas (50+) estão mais interessadas em viagens futuras para ficar perto da família (33%) e revisitar um local favorito (32%). Em seguida, aparece o desejo de uma nova experiência ou um novo destino (29%).
- Os mais jovens continuam mais interessados em uma segunda viagem como uma nova experiência ou um novo destino (35%). Depois, estar perto da família (31%), estar perto da natureza (23%) e retornar a um lugar preferido (23%).
Destinos hiperlocais
- 56% preferem um destino doméstico ou local e apenas 21% desejam visitar algum lugar internacional e mais distante.
- Um em cada cinco deseja que seu destino esteja perto de casa. Viajar de carro é o único meio de transporte que atrai o interesse da maioria, superando o transporte aéreo por 17 pontos.
- Essas percepções reforçam a mudança no uso do Airbnb observado no segundo semestre de 2019, quando as distâncias de viagem acima de 4.500km eram mais populares, para junho de 2020, quando viagens entre 80km e 80 km voltaram a crescer na comparação anual.